quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Números do Twitter em 2009


Apesar dos diversos casos de Realidade Aumentada em 2009, não dá para negar que o grande assunto do ano, na publicidade, foi o Twitter. O dito microblog com funções de mensageiro instantâneo se tornou, com destaque para o ano que passou e seu antecessor, o melhor canal para se estabelecer contato e criar vínculo com os consumidores.

Dentre suas funções, além da já citada acima, o rede social ainda foi usada para divulgar promoções, formar e afirmar o posicionamento de marcas e para humanização de algumas empresas, em casos que um funcionário tuitava com seu próprio nome e foto, mas ligado ao nome da instituição.

Em números, já em fevereiro de 2009, foi divulgada uma pesquisa da Nielsen que constatou um crescimento da plataforma de 1382%, indiscutivelmente a maior dentre seus concorrentes. Este crescimento fez o site pular da 22ª posição,no ranking das redes sociais mais visitadas, para 3º lugar, só atrás do Facebook, que bateu o My Space também neste mesmo período. (Lista completa e maiores detalhes - http://pontomidia.com.br/raquel/arquivos/ranking_dos_sites_de_redes_sociais.html)
Em Junho, outra pesquisa, dessa vez pela Sysomos Inc, apontou alguns dados interessantes:

  • 72,5% de todos os utilizadores aderiram durante os primeiros cinco meses de 2009,
  • 85,3% de todos os usuários do Twitter postam menos que um update/dia,
  • 21% dos usuários nunca sequer fizeram uma publicação,
  • 93,6% dos twitteiros têm menos de 100 seguidores,
  • 5% dos usuários representam 75% de toda a atividade do sistema
  • Nova Iorque é o local que tem o maior número de twitteiros, seguido por Los Angeles, Toronto, São Francisco e Boston. Detroit foi o local que mais teve adesões durante os primeiros cinco meses de 2009,
  • Mais de 50% de todas as atualizações são feitas a partir de ferramentas/programas. O TweetDeck é a alternativa mais popular, alcançando 19,7% das pessoas,
  • 53% do universo Twitter é representado por mulheres e 47% por homens,
  • O Brasil é o quinto país no ranking de usuários.

Em se tratando de Brasil, o Ibope/NetRatings publicou em março de 2009 uma pesquisa com as principais redes sociais no país. Apesar da baixa participação, o Twitter estava em ascenção. Os números são baseados na audiência de 25,5 milhões de internautas brasileiros:
  • 1 - Orkut: 71,2%
  • 2 - Sonico: 6,8%
  • 3 - MySpace: 4,4%
  • 4 - Via6: 4,4%
  • 5 - Facebook: 3,6% (agora tem tradução PT)
  • 6 - Multiply: 3,1%
  • 7 - Twitter: 2,7% (crescendo)
  • 8 - Hi5: 2,6%
  • 9 - Habbo: 2,5%
  • 10 - Ning: 2,1%

Mas nem tudo são boas notícias. Foi diagnosticado também que, apesar do vertiginoso crescimento, o Twitter é também a plataforma com maior porcentagem de evasão. Cerca de 60% dos usuários não retorna ao serviço depois de utilizá-lo pela primeira vez.
Para controlar isso, o próprio site implantou o sistema de notificações automáticas, na qual o usuário é alertado no caso de atualizações de seus seguidores, e a volta do "botão" de Retweet, para facilitar a transmissão de informação sem ocupar os 140 caracteres da plataforma (Maiores informações - http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2009/04/29/twitter-tem-taxa-de-desistencia-de-60-diz-estudo-755493773.asp).

Outra novidade foi o anúncio de que a plataforma seria monetizada. Mas, ao invés de usar a forma tradicional de publicidade na internet, o site aproveitará seu status empresarial e trabalhará em cima de pacotes que serão oferecidos à empresas. Um possível serviço já foi divulgado, o Contributors, que trará maior autenticidade para a empresa que deseja conversar com seus clientes, além de facilitar o gerenciamento destes (mais detalhes no link abaixo). Outro fator que pode ter influenciado esta escolha é que o número de pessoas que utilizam a própria página do Twitter para postar tem diminuído bastante, o que tornaria banners e links ineficazes. Até agora, maiores detalhes não foram divulgados, mas tudo indica que tais serviços já estarão disponíveis em 2010 (Outras informações - http://pontomidia.com.br/raquel/arquivos/monetizacao_do_twitter.html;http://readwriteweb.com.br/2009/12/17/novos-recursos-do-twitter-rumo-a-monetizacao/).

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Explorando as características e defeitos do meio.

Além da normal dificuldade de criar conteúdo interessante de acordo com o desejo do cliente, descobrir qual o meio de comunicação mais adequado a esse conteúdo dentre outros fatores, o publicitário ainda tem que driblar as limitações do meio para qual vai criar.
Por exemplo, no caso da mídia exterior, os fatores climáticos influenciam na durabilidade da peça ali presente. Além deste, ainda há a baixa qualidade de impressão no jornal, a "lombada" que separa as páginas de uma revista, o alto grau de dispersão de atenção na TV, a "liberdade de expressão" da internet, assim como seus diversos públicos em horários diferentes e outros tantos desafios a serem resolvidos.
Porém, essas dificuldades podem se tornar aliadas em determinadas situações. Para divulgar o veículo Audi A2, que possui carroceria de alumínio, foi montado um painel de lata com o modelo do carro feito em alumínio. Com o passar do tempo, a lata enferrujou e somente o desenho do carro permaneceu.

Audi A2 - Painel


Outro exemplo interessante de uso dessas "falhas" dos meios foi o do Refrigerante Diet Pepsi, que usou a "lombada" das páginas da revista para emagrecer a modelo, ampliando, através do meio, a mensagem transmitida.

Diet Pepsi - Revista


Há casos onde também são explorados características do meio, sendo estas não necessariamente falhas. Buscando mais uma vez passar o conceito de "emagrecer", o Guaraná Antárctica utilizou a parte externa da lombada de uma revista, com a frase "Faça como as modelos do Morumbi Fashion: Fique Fininha assim. Beba Guaraná Antárctica Diet", mais uma vez potencializando a mensagem através do meio escolhido.

Guaraná Antárctica - Revista


Outra campanha interessante foi a da S.O.S Mata Atlântica, em mídia exterior, onde buscou-se mostrar o tamanho da devastação na Floresta. Para isso, deixou-se uma imensa área do suporte descoberto, somente uma pequena área no canto do outdoor continha a mensagem "Proporcionalmente, é isso que resta da Mata Atlântica".

S.O.S Mata Atlântica - Outdoor


Neste mesmo meio, foi criado uma peça para a Smart Brabus e posta em uma ponte na Alemanha. O interessante da peça era que a ponte se abria e a mensagem era transmitida.

Smart Brabus - Outdoor



Como outro exemplo, o vídeo da EA Games já mostrado neste blog, em resposta ao "Jesus Shot", é mais uma forma de como se pode transformar uma possível situação adversa em uma saída impressionante. Embora existam barreiras, os bons profissionais encontrarão uma forma de usá-las de maneira favorável, conseguindo um resultado de expressão maior do que em situações comuns.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Falando um pouco sobre o novo consumidor.

As mudanças no comportamento de compra dos indivíduos os transformaram em um "novo consumidor". Essa mudança de comportamento, característica da sociedade pós-moderna, desenvolveu-se ao longo dos anos passados e veio se consolidar com a chegada da internet, já no início da década de 1990. Por isso, torna-se um certo exagero atribuir, majoritariamente, tais mudanças à mídia digital, pois a vontade de se expressar é inata do ser humano e a internet serviu apenas como um veículo de informação e transmissão.
Entender mais as mudanças que aconteceram ao longo do século XX podem clarear pontos obscuros sobre como esse comportamento surgiu, assim como suas consequências sobre o marketing. Uma boa explicação encontra-se nesse slide:



A rejeição de valores de massificados são cada vez mais comuns. A maior parte das pessoas já se pegou dizendo que não gostava mais de algo porque "todo mundo gosta". Com isso, nasce uma busca por uma construção de identidade, intimamente ligada ao valor agregado às marcas, o que torna a segmentação de mercados indispensável. O consumo mais racional também está cada vez mais presente nos hábitos do consumidor. Devido à enorme gama de informação dispota, as pessoas buscam produtos que proporionem uma melhor relação de custo/benefício, de acordo com seu poder de compra. As mudanças também alcançam a comunicação. A mídia de massa já não tem tanta forma como outrora, e a interação com o consumidor torna-se mais essencial a cada dia.
Embora tantas mudanças tenham acontecido, é certo que muitas outras ainda estão por acontecer. Valores e hábitos estão sempre se alternando na opinião do consumidor, assim como o avanço tecnológico sempre "apresenta" uma forma mais eficaz de atingir clientes.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A força da simplicidade em um Jingle!

Há quase vinte anos, chegava às emissoras o primeiro vídeo do Guaraná Antárctica em uma campanha que seria responsável por sua ascenção. Quando a conta da empresa chegou à DM9DDB, a marca possuía uma imagem completamente fora dos padrões do principal target da categoria, os jovens, pois o posicionamento de "puro e natural", adotado desde os anos 70, pouco tinha a ver com um público fanático por alimentos gordurosos.

Década de 70: Guaraná Antarctica - Boko Moco Theobaldo


Ao invés de uma estratégia "revolucionária", a agência resolveu fazer o óbvio. Para incorporar de vez o espírito do público adolescente, a DM9DDB buscou mostrar esse segmento em seus hábitos comuns, narrados por fortes e marcantes jingles, sempre ligados a alimentos nada saudáveis, desmanchando assim a imagem antiga do produto.

Pipoca com Guaraná:


Pizza com Guaraná:


Simples e óbvio, não? Mas as peças geraram tanta força que conseguiram colocar o produto fazendo frente com a Coca-Cola, grande líder da categoria. As peças foram veiculadas por todos os anos 90 e, a cerca de um mês, uma reedição do jingle voltou ao ar, dessa vez posicionando o Guaraná Antarctica como "bebiba para o final de semana".

Guaraná Antarctica dita o ritmo do fim de semana:


Novamente, as peças mostram hábitos comuns de seu público-alvo, adaptadas à assinatura do produto, "Energia que Contagia". O case do Guaraná é a prova mais concreta de que o óbvio pode ter um efeito muito mais forte do que uma "revolução".

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Parabéns, você foi promovido a veículo!

Desde a década de 1990, a internet vem ganhando cada vez mais espaço na vida da sociedade, e o que antes era restrito à pessoas de classes sociais mais elevadas, vem se popularizando com enorme força. Tamanho crescimento está relacionado, em boa parte, à presença de sites de relacionamento e compartilhamento, possibilitando a troca de informação e conteúdo entre indivíduos.
As chamadas mídias sociais modificaram a direção do discurso dando voz ao consumidor, que antes ficava restrito ao papel de expectador. Através de diversas redes sociais, o consumidor manifesta sua opinião sobre produtos e marcas, seja ela positiva ou negativa, dando ao antigo boca-a-boca o poder de superar as barreiras da distância. Um bom exemplo encontra-se nesse vídeo:




(acompanhe a "novela" nos vídeos relacionados)

Como visto, o consumidor tem a possibilidade de expressar para um grande público sua possível insatisfação com determinada mercadoria. Isso, teoricamente, demanda uma maior atenção do fabricante na qualidade do produto e em seus serviços, sendo um alto risco a marcas que não atendem tais exigências e buscam "agregar valor" acima de sua própria qualidade.
Porém, sempre existem profissionais talentosos que buscam se aproveitar até de situações adversas. Um bom exemplo está na resposta da EA Games a um jogador responsável por promover um viral sobre um bug em um de seus títulos:





Como se viu, a mídia social não é um vilão disposto a dar poderes aos consumidores. Se bem trabalhada, torna-se uma saída criativa e direcionada (pois quem assiste a um vídeo do YouTube faz concentrado nisso, sem disperssão), possibilitando resultados mais efetivos do que nas mídias tradicionais. Não é a toa que John Dooner, presidente mundial da McCann Worldgroup, em visita ao Brasil há algumas semanas afirmou que "os consumidores estão se tornando uma mídia". Também disse que informá-los e permitir um bom diálogo pode abrir portas para situações inovadoras. Também registrou que boa parte de seus clientes já disponibilizam mais de 60% da verba para comunicação online (Link para a matéria completa).
Redes sociais, como o Twitter, podem ser uma tremenda dor de cabeça para produtores mal preparados para as novidades do mercado, mas, por outro lado, podem servir de "propaganda gratuita" por seus próprios consumidores, dispostos a compartilhar experiências com a marca bem sucedidas com outras pessoas.

sábado, 7 de novembro de 2009

O Futuro é agora.

Acho interessante ver os filmes das décadas passadas que mostravam viagens no tempo e carros voadores já no início do Século XXI. Bom, ninguém sabe como serão os anos que estão por vir, mas com certeza a tecnologia atual reflete um pouco da ficção de outrora.
Possibilitando uma maior interação entre homem e máquina, a Realidade Aumentada é a grande aposta do momento. Embasada na captação de movimetos do usuário, a Realidade Ampliada busca usar todo o ambiente como espaço para interação, onde cada gesto é assimilado e produz uma resposta da máquina.
Um dos exemplos de maior repecussão talvez seja o do Project Natal, desenvolvido pela Microsoft. Através de um sensor de movimento e audio, o "programa" Milo interage com o usuário desenvolvendo uma conversa normal, como se vê no vídeo abaixo:





Nesse ramo tecnológico, a empresa portuguesa YDreams vem desenvolvendo um fantástico trabalho desde 2000. Fundada por pesquisadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a empresa, ainda situada no Campus, já desenvolveu diversas campanhas envolvendo Realidade Aumentada e outras tecnologias. Alguns exemplos estão em vídeos abaixo:





Com um consumidor cada vez mais integrado aos meios digitais, essa saída parece ser a mais eficaz para atingi-lo, já que os meios de comunicação tradicionais não têm mais tanta força como anteriomente, principalmente perante o público jovem. É esperar para ver quais serão os impactos provocados com o lançamento do Project Natal, uma vez que seus criadores já anunciaram a possibilidade de ir além dos games. Definitivamente, algumas coisas que apareciam nas ficções oitentistas já não são mais futuros, são o agora.

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